Caminhos Cruzados
Caminhos Cruzados
Nas tardinhas,
pouco antes do lusco-fusco,
Ela se
esguelha pelo caminho assombreado;
Lampião à mão,
pouco à frente cruza o meu,
Seguindo além das
ruínas do antigo sobrado.
Uma bela moça,
dona de hábitos diferentes,
Jamais dirigiu
a palavra a quaisquer vizinhos;
Quase a compreendo,
por sermos parecidos,
Neste aspecto
peculiar de vivermos sozinhos.
Quando retorna,
já nas altas horas da noite,
Na maioria sem
lua, ainda há esse pormenor;
A sua
fisionomia está diferente, menos triste,
Sob a luz do
lampião, posso enxergar melhor.
Pelas minhas
deduções a moça é uma bruxa,
Mas verdade é
que nem toda feiticeira é má;
Queria eu não ser
covarde para segui-la, mas,
O medo me diz
que nunca mais voltaria de lá.
Qualquer noite
dessas ei de tomar a coragem
Para abordá-la,
e oferecer minha companhia;
Talvez ter seu
coração, como o meu já é dela,
E vivermos
juntos, com todo amor e magia.
Nardélio Luz
280922
Nenhum comentário:
Postar um comentário