Amor de Verão
Uma nuvem esconde o sol da
tarde,
E ela caminha pela praia...
displicente;
A espuma das ondas lambe,
agradável,
Acudindo seus pés da areia ardente.
O vestido transparente é
fustigado,
Pelo mesmo vento que o cabelo
desfaz,
Libertando cachos fartos de brilho
loiro,
E a minha memória, distinta e
fugaz.
Sob as vestes leves, a seda bronzeada,
Que a noite se arrepia sobre
as palhas,
Eriçando pelos, onde brotam
gotículas,
E altos gemidos, cuja maresia
espalha.
Uma canção provém dos doces
lábios,
Falando da conjunção, da
alma lavada;
Ambos gozamos da genuína
felicidade,
Ao fazermos amor sob a lua
prateada.
Por fim o lusco-fusco, e a
abraço forte,
Sorrimos ao brindar à nossa
insensatez;
Tudo que importa nesta noite
de prata,
É sermos um do outro mais
uma vez.
Nardélio Luz