A Poesia Que Não Sei Ler
No
tempo que te tornaste poesia,
E
proclamaste teu escolhido poeta,
Este
ser ainda vivia para a boemia,
Deveras
feliz, com tal vida incerta.
Não
me apetecia nada do amanhã,
Vivia
sozinho, do cultivo da alegria;
E
quando me deste tua mélea maçã,
Tudo
nesse arrabalde se fez magia.
Perdeste
teu poeta e estavas triste,
Mas
em mim achaste algum alivio;
Ante
o amor a tristeza não persiste,
Eu
era porto e tu eras meu abrigo.
Eis
que és nobre como teu nome,
Tal
tua beleza, que pareço sonhar;
Mas
nesta hora toda dúvida some,
E
só vale conjugar o verbo amar.
Às
vezes a felicidade se faz utopia,
Portanto,
viva o que puderes viver;
Agora
que te fizeste de novo poesia,
Resta-me
a dor de não poder te ler.
Nardélio Luz
270122
Nenhum comentário:
Postar um comentário