quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Alameda da Solidão


Alameda da Solidão
 
No 36 da Alameda da Solidão
Está a minha alma despedaçada.
Lá também a tristeza fez morada
E a noite oprime o meu coração,
Desde escurecer até a alvorada.
 
Não se ouvem mais cantorias,
As ledas serestas foram embora.
Não é mais como já fora outrora;
Quando as belíssimas melodias
Se esparramavam noite afora.
 
Exceto pelos ratos e baratas,
Hoje quase nada vive no lugar.
Apenas este semivivo quis ficar,
No convívio da saudade ingrata,
Esperando “ela” vir me buscar.
 
Nardélio Luz
301123
  

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