Na Roça é Assim...
Água do poço, só bebo inté o armoço...
Na janta é aquela engenheira especiar,
Que é só pamode o pó da garganta tirar,
E lubrificá a goela, seca dentro do pescoço.
Já no nascê do sor, nóis pega no cabo da enxada...
Os trapo que nóis veste, o suor branqueia de sar,
Na capina do fejão prantado no meio do milharar,
E de noite é truco e viola, a alegria da pionada.
Sim sinhô, a vida é dura, mais num tem nada mió
Do que vê a chuva chegano lá daqueles cafundó,
Pra dá aos bichos de bebê e fazê as pranta crecê.
É o mió chero do mundo, o chero da terra moiada...
Pamode fazê a prece, dexa a “Duas-cara” incostada,
Num ixiste vida mió, isso eu agaranto pra vosmecê.
Nardélio Luz
191022
Na janta é aquela engenheira especiar,
Que é só pamode o pó da garganta tirar,
E lubrificá a goela, seca dentro do pescoço.
Os trapo que nóis veste, o suor branqueia de sar,
Na capina do fejão prantado no meio do milharar,
E de noite é truco e viola, a alegria da pionada.
Do que vê a chuva chegano lá daqueles cafundó,
Pra dá aos bichos de bebê e fazê as pranta crecê.
Pamode fazê a prece, dexa a “Duas-cara” incostada,
Num ixiste vida mió, isso eu agaranto pra vosmecê.
191022
Nenhum comentário:
Postar um comentário