quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Alma Errante


Alma Errante
 
Deixo a estrada me levar
Para além daquela curva,
Lá, onde a vista fica turva,
E não há mais como voltar.
 
Não preocupo com destino,
Ou se um dia eu vou chegar;
Não vou para nenhum lugar,
Nesse meu febril desatino.
 
Eu não busco nada perfeito,
Sendo eu o próprio defeito,
Porque perfeito não existe.
 
É lá no fim dessa estrada,
Onde não existe mais nada,
Que a alma errante insiste.
 
Nardélio Luz
121022
 

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