terça-feira, 10 de maio de 2022

Verde



Verde
 
Verde que, feliz, me faz ver-te,
Vertendo no regozijo da fauna;
Tão forte exuberância da flora,
Na vital esperança das almas.
 
Que não a torture as chamas,
Ateadas pela cupidez humana;
E conserve teu viço imaculado,
Intocado por mãos mundanas.
 
Bebe das cachoeiras que caem,
Em faustas quedas caudalosas;
Tocadas pelo vapor que emana,
Permanecem altivas e viçosas.
 
Por ver-te verde dessa forma,
Anulo o medo que me estorva;
E sob as quedas que cantam,
Toda a esperança se renova.
 
Nardélio Luz
100522


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário