Verde
Verde que, feliz, me faz ver-te,
Vertendo no regozijo da fauna;
Tão forte exuberância da flora,
Na vital esperança das almas.
Que não a torture as chamas,
Ateadas pela cupidez humana;
E conserve teu viço imaculado,
Intocado por mãos mundanas.
Bebe das cachoeiras que caem,
Em faustas quedas caudalosas;
Tocadas pelo vapor que emana,
Permanecem altivas e viçosas.
Por ver-te verde dessa forma,
Anulo o medo que me estorva;
E sob as quedas que cantam,
Toda a esperança se renova.
Nardélio Luz
100522
Nenhum comentário:
Postar um comentário