sexta-feira, 18 de março de 2022

Joaninha



Joaninha
 
― Eu sempre dancei sozinha essa linda
Valsa que todos costumam chamar de vida.
― Ela disse, com uma expressão amarga
Naquele olhar belo, porém tristonho.
 
― Na verdade, querida, você nunca esteve
Sozinha! ― afirmei a ela, com convicção.
É que quem estava bailando contigo,
Geralmente, é invisível aos olhos.
 
A expressão soturna se transformou
Em um grande e resplandecente sorriso.
Por minha vez, percebi que não precisamos
De muito para contagiar os outros.
 
O bem, em todas as suas versões, fala por si,
E poucas palavras carinhosas e sinceras,
São capazes de tranquilizar corações aflitos
E aliviar almas tristes e deprimidas.
 
E aquela que, carinhosamente chamo de
“Joaninha”, agradeceu e seguiu seu caminho.
E eu segui o meu, com uma nítida impressão
Que aquela manhã mudara e também sorria.
 
Nardélio Luz
180322


 

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