sábado, 19 de fevereiro de 2022

Eu Viajante



Eu Viajante
 
Enquanto a chuva desce, fina e constante,
A memória me transporta para tempos idos,
E feitos que me levam a imergir na saudade,
Até ter os ternos devaneios interrompidos.
 
Nenhum raio me avisou do súbito trovão,
Mas esse nem de longe foi desagradável.
Através da vidraça, observo o céu cinzento,
E esboço um sorriso ao momento amigável.
 
São simples e belas as criações de Deus!...
Os galhos roçando na vidraça respingada...
A brisa acariciando através da grande janela,
Fresca pela chuva que iniciou na madrugada.
 
A viagem retorna ao ponto de interrupção,
Revivendo as longas cavalgadas de outrora,
Quando o verde ilimitado esparzia liberdade
E não carecia preocupar com dia nem hora.
 
O presente se mistura com as lembranças:
A sela molhada era motivo de reprovação...
Agora, cavalgar sob a chuva ficou para atrás,
Mas a liberdade está na minha imaginação.
 
Nardélio Luz
180222


 

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