Calor
Se
falar de flor, estará falando de si mesma;
Se
falar de dor, entendo que seja de saudade;
Se
falar de amor, relata em detalhes nós dois;
Mas
se fala de calor, acirra a minha vontade.
Quando
nos vemos é um arroubo inevitável,
Uma
ardorosa energia exacerbando o desejo,
Descargas
elétricas que percorrem a espinha,
A
emitir faíscas dos abraços ao longo beijo.
Beijo
que se multiplica ante o grande fervor,
Mostrando
que não passa da simples ignição,
Quando
roupas cedem às carícias crescentes,
Ante
o esplendor que antecede a explosão.
O
suor seca na minha pele, nas tuas sedas,
Os
braços estendidos em lânguidos abraços;
Outros
beijos ardentes e uma nova ignição,
E
novamente o fogo queima todo cansaço.
Nardélio Luz
181221
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