Tempo Perdido
É verdade que o tempo passou, se foi...
E com ele a nossa linda história de amor.
Dói saber que não mais poderemos fazer
Todas as coisas extasiantes que fazíamos.
Mas dói mais ainda imaginar tantas outras
Que poderíamos ter realizado e não fizemos.
Quando jovens somos os donos do tempo...
Ou é nisso que erroneamente acreditamos.
Quão tolos fomos por desperdiça-lo tanto!
Na inconsequência dos nossos “achismos”,
Perdemos aquilo que nos era mais precioso,
Sem saber que pagaríamos tal arrogância.
Não usufruímos de todo o tempo juntos...
Adiamos aqueles banhos nus de cachoeira
E sequer aproveitamos a escassa luz da lua
Para fazermos amor sob o manto estrelado.
Hoje a saudade nos castiga como açoites...
Você aí, tão longe, nos braços da imaginação,
Eu aqui disparado a escrever na madrugada,
Na vã tentativa de sufocar os sentimentos.
Não passo mesmo de um tolo esperançoso,
Sem eira nem beira, um cativo das vontades!
Pois quanto mais escrevo, mais me dou conta
Que nada posso fazer por mim ou por você.
Sim, sim... eu sei que há grandes chances
De nos reencontrarmos e amarmos outra vez,
Mas paira também a onipresente certeza que
Nada nunca mais outra vez será como antes.
Nardélio
Luz
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