Desarrazoada
Desarrazoada
Ao
dizer que me amava, acreditei,
Até
senti alguma felicidade brotar;
Mas
me amar mais que a ti mesma,
Fez
meu sexto-sentido desconfiar.
Excessos
tendem a estragar tudo,
Inclusive
chances de algum futuro;
Exagero
adoece, torna-se obsessão,
Dana
o amor, tornando-o impuro.
Eu
explico, mas você não entende:
Que
não tenho intenção de te trair;
Nada
obstante, me sinto sufocado,
Sem
meu dileto direito de ir e vir.
Amar
de verdade é algo libertador,
Não
prende e não castra a vontade;
Às
vezes pode surgir tristeza e dor,
Mas
não há amor sem a liberdade.
Você
ama o “ter” e se esquece, que
Nem
toda ofensa depois se perdoa;
Repete
erros acusando sem pensar,
Não
liga quanto ou a quem magoa.
A
sujeição psicológica é execrável,
E,
se insiste, os danos vêm depois;
Não
existe isso de dois serem um,
Não
pode ser um, quando há dois.
Nardélio Luz
030222
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