Resiliência
A distância
amarga no peito a pesar,
Ainda que muito
castigue o coração,
Não será
suficiente para nos separar,
Não nesta
vida, por certo que não!
O tempo
que às vezes parece castigo,
Convertendo
as noites em eternidade,
Decerto
também pode ser bom amigo,
Atribuindo
mais fé à própria vontade.
A despeito
de estarmos separados,
Vivemos aquecidos
pelo mesmo sol;
E se noite,
quando na relva deitados,
É sob a
mesma lua, desde o arrebol.
Minha eleita,
tenhamos paciência,
Como o sol
pela lua, estou eu por ti.
E o regozijo
será nossa recompensa,
Com todo deleite
que está por vir.
E quando a
vontade bater forte
E a tal saudade
tentar machucar,
Lembre-se
que nem a vil morte
Possui o
poder de nos separar.
Nardélio
Luz
220220