Pânico na Floresta A lua pálida tenta mostrar-me o caminho, Infiltrando-se entre os galhos esqueléticos, Porém sua tentativa mostra pouca eficácia, Diante da escuridão quase impenetrável. Sinistros pares de olhos amarelo e âmbar Juntam-se ao coro de rosnados dantescos, Para regelar o sangue nas minhas veias e o Suor frio, que brota entre pelos eriçados. O coração dispara dentro da caixa torácica, Ameaçando sair pela boca ou explodir meu Peito, como em uma cena da franquia Alien. A urina escorre morna, molhando as calças. Os uivos distantes parecem mais próximos, Brotando guturais das gargantas sedentas. O ímpeto de sair correndo supera o horror, Mas as pernas paralisadas não obedecem. Com esforço hercúleo consigo um passo... Um novo passo e ouço o roçar das pernas Da calça, reiniciando a trilha sinistra, que Fora a ignição para a minha imaginação. Um sorriso sem graça, de pura vergonha, Surge em meus lábios trêmulos. E reinicio A caminhada, em meio à névoa fria. A crise De pânico desacelera conforme o coração. Nardélio Luz 211123
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