Apocalíptico De fato, todos nós morremos um pouco a cada dia, Porém noto que morro tão célere que chega a doer; Morro pelo descaso daqueles que não se importam, E pelo sofrimento daqueles que não merecem sofrer. Morro por esse onipresente sentimento de impotência, Que, onipotente, não me permite fazer o que é preciso... Morro por muitas vezes não entender o sentir de outrem, E temo que por isso minha morte não me levará ao paraíso. Morro chorando por tantos desastres naturais ceifando vidas, Patrimônios desmoronados, animais soterrados pela natureza, Que finalmente começa a reagir ao descaso dos vírus humanos, Que a tudo ignora, incluindo a própria culpa, maldade e
avareza. Morro pelos que se fazem de santos e se acham no direito de
julgar, Os que acreditam que Deus é seu monopólio e são flor única do
jardim, Que cultuam a maldade dentro de si como se isso fosse seu
sagrado direito, Mas preciso mesmo é parar de morrer por outros e começar a
viver por mim. Nardélio Luz 010423
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