Rosa Branca
Nas madrugadas frias de solidão,
A minha alma tem buscado a tua;
Geralmente eu bato no teu portão,
E fico a observar as luzes da rua.
A chuva despenca de mansinho,
E permaneço mudo, à sua espera,
Então que
ouço bem devagarinho,
O conhecido ranger da tua janela.
Estou ciente que prefere o calor,
Mas mesmo assim, a janela abriu,
Em testemunho de que esse amor,
Ofusca até mesmo o próprio frio.
Belíssima, apoiou-te no peitoril,
A alvura realçada pela luz da rua;
Antepus meu sorriso mais gentil,
Para ovar tua silhueta seminua.
Ao teu convite adentro o jardim,
De imediato esqueço tudo lá fora;
Desliza ao chão tua seda carmim,
E somos flagrados pela aurora.
O sol beija o meu rosto de leve,
E encontro-me de novo sozinho;
Mas outra noite cairá em breve,
E de novo será meu teu carinho.
Nardélio
Luz
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