Jantar
Ela adora
vinho branco e eu prefiro cerveja, mas claro que a acompanho prazerosamente no
vinho, sobretudo quando aceita o convite para jantar em minha casa. Minha agora,
mas futuramente nossa, já que logo vamos nos casar.
Difícil mesmo
é jantarmos de verdade, já que invariavelmente vamos beliscando alguns petiscos
que preparo enquanto bebemos, rimos, brincamos, cantamos... E quando finalmente
termino o jantar, já estamos saciados. Ao menos saciados dos petiscos.
A essa altura
uma leve névoa de embriaguez já permeia nossos sentidos, aumentando os
beijinhos, as brincadeirinhas, tornando os abraços cada vez mais longos e apertados...
Até que nossa libido, sem paciência, começa a gritar.
A névoa se faz
fogo e um banho à dois parece boa ideia para arrefece-lo, mas os corpos nus
aumentam os desejos correspondidos e, sob a ducha morna, os dedos se tornam
tentáculos e as bocas revezam gulosas entre uma e outra e outros segredos
ferventes.
Nunca me
lembro como vamos parar na cama, só que estamos lá para finalizar com louvor o
que iniciamos sob o chuveiro.
E em mais um
jantar, ela acaba indo embora sem realmente jantar. Mas, da próxima vez será
diferente...
Nardélio Luz
210124
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