Desvarios O que fui de mim mesmo é passado,E foge a minha restrita compreensão;Tais quais estas apagadas lembranças,Que causam desmensurada apreensão. A zona limítrofe do onírico que habito,É até aonde estende a minha memória;Esta, ainda que prodigiosa, tem falhas,Para acessar e contar a velha história. Eu desconfio, inclusive e até mesmo,Que não pertençam a esta existência,Esses traços obscuros que assombram,E desafiam minha limitada sapiência. Sinto nelas algo antigo, algo ancestral,Conjeturo, aliás, o onipresente arcano;Como bálsamo para pobres faculdades,Que só pode ser encontrado no insano. Eis, então, a mim mesmo nesta hora...Gozando o séquito ignoto do medonho,Errando por ádvenas paisagens antigas,Que só podem ser miradas nos sonhos. Nardélio Luz091122
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