Teu Último Olhar
Nunca antes havíamo-nos amado tanto!
Nunca antes tanto esmero ao fazer amor!
E não supunha que aquele prazer furioso,
Era não menos que um prelúdio de dor.
Quando dissestes que seria a despedida,
Desdenhei, pois não conseguia acreditar;
A tal autoconfiança beirava a arrogância,
E não podia admitir que ia me deixar.
Mas teu último olhar, ali junto à porta,
Ligou o sinal de alerta no meu coração;
Algo pungente perfurou minha psique,
E a luz se apagou, restando escuridão.
Na mente, a cena do teu último olhar,
Faz gritar em meu íntimo todos os ais;
Prosperando vigorosa a única certeza:
Senti-la em meus braços, nunca mais!
Posso lamentar, mas jamais culpá-la,
Tomaste a atitude que te é de direito;
Não é tua a culpa das trevas e da dor,
Criarem raízes dentro do meu peito.
Nardélio Luz
20012
Nenhum comentário:
Postar um comentário