terça-feira, 24 de março de 2020

Soneto da Morte Invisível




Soneto da Morte Invisível

Invisível e, desse modo, imperceptível,
Vem a morte em seu silêncio sepulcral.
Hétero, gay... o gênero é indistinguível,
Como também a raça ou classe social.

Isolando as famílias em seus abrigos,
Para reaprenderem o que já esqueceram.
E na convivência com os entes queridos,
Buscarem o resgate do que perderam.

Como surgiu não havia quem falasse,
Somente quando já lotava os hospitais,
Permitiram que ao mundo alertasse.

O fato é que não há registro nos anais,
De praga natural ou criada, que matasse
Só os humanos e poupasse os animais.

Nardélio Luz
220320

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