Ao Meu Pai
Porque
ontem poderia ter sido,
Para
aquele meu eu abatido,
O
torpe fundo do poço.
Mas
em um grande afã de viver,
A
nova chance de reerguer,
Veio
como reembolso.
E
num último suspiro me arrastei,
Nos
doídos joelhos apoiei,
E
eis aqui meu esboço.
Conquanto
reze tal pergaminho,
De
fato nunca estive sozinho,
Contra
as feras do fosso.
Ainda
que parecesse sem abrigo,
Você
sempre esteve comigo,
Abonando
meu esforço.
Nardélio
Luz
Nenhum comentário:
Postar um comentário