domingo, 27 de março de 2016

Resignação




Resignação


Ah, passado... portentoso passado!
Esse mocinho, que às vezes é vilão,
Quase sempre nos inquieta o coração
E o deixa assoberbado.

Que tem como amante a saudade.
Essa que quase sempre causa dor,
Mas que como toda dor de amor,
Quanto mais dói, mais dá vontade.

História e alicerce do homem.
Que mesmo deturpado no presente,
Explica lá atrás o que ele sente,
Ainda que seja agonia que o consome.

Tentemos, então, o que nos resta merecer,
Pois se o futuro por ora é incerto
E o verde passado hoje é deserto,
Salve o presente, 
Que é o que temos pra viver.


Nardélio F. Luz

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