Jornada
O brilho dos olhos afronta a alvura da pele,
Tal qual o milagre de dois sois azuis nascendo
Sobre a miraculosa paisagem de neve ardente,
Donde brotam gotas cálidas com gosto de mar.
Emoldurada por sedosas cascatas castanhas,
Que ultrapassam duplos gementes escarlates
E despencam sobre gêmeos de cumes eriçados
Postados em prece ao aprazível firmamento.
Veios de azurita se destacam na fina alvura,
Imergindo sob o relevo de escuras auréolas;
Uma pausa para admirar tão pulcro tesouro,
Da fertilidade que brotam o maná e o ouro.
O prazer da jornada pelas dunas eriçadas,
Que emitem tremores aos breves estímulos
E induz gemidos sobre dialetos estranhos,
Não pode ser dito, tampouco imaginado.
Menos ainda a chegada ao vale almejado,
Invejado pelos anjos que choram a inépcia
De distinguir os prazeres do livre-arbítrio
E o divino deleite dos pecados humanos.
Nardélio Luz
120418
Embarquei junto com você nessa jornada. Maravilho!
ResponderExcluirMa-ra-vi-lho-so!!!
ResponderExcluirFoi uma jornada realmente prazerosa, graças, principalmente, à musa ma-ra-vi-lho-sa que a possibilitou. 😉😘
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