sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Livre-arbítrio

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Livre-arbítrio


Bem lá atrás tentaram me convencer
Que eu era escravo desse tal destino;
Mas é algo que não dá para conceber,
Tampouco crer em tamanho desatino.

Em minhas crenças, poucas, bem sei,
Predestinação não é uma que acredito;
Se estiver equivocado, um dia saberei,
Mas até lá, minha lei é o livre-arbítrio.

Entendo que alguns não concordarão,
Inclusive lhes presto franca reverência,
Pois se me seguissem sem ponderação,
Revelariam sinal de pouca inteligência.

Meu caminhar é na fleuma do cansaço,
Pois o que almejo no fim deste caminho
Não está sujeito a tempo nem a espaço,
Mas ao que aprender, mesmo sozinho.

As léguas cruzadas e o tempo passado
Roerão o corpo, mas não minha calma,
E o sopro do conhecimento acumulado
Levar-me-á aos anelos de minha alma.


Nardélio luz
100816

4 comentários:

  1. Boa noite Nordélio, gostei muito do seu inscrito, parabéns. Também tenho um humilde blog. Gostaria de poder compartilhar esta poesia lá, respeitando seu direito autoral.
    Desde já agradeço!
    Poesiaseraridades.blogspot.com.br

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    1. Olá Leandro, boa noite! Fico feliz que tenha gostado.
      Pode compartilhar sim.
      Agora já estou indo dormir, mas amanhã visitarei seu blog.
      Um abraço.

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  2. Percebi logo a métrica, de como bem ajustado as ideias e as rimas entre os versos. Com conteúdo e bem lapidado é isto falado. Parabéns e mais empreito, pois o artista digna-se é criando. Escrevendo, desenhando, compondo, etc, é nos cria e alimento espiritual.

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  3. Essa pouca métrica utilizada acaba caindo meio que no automático, Elcio, por conta do meu perfeccionismo exacerbado, pois não é muito do meu feitio usá-la. Enfim, compor, desenhar... criar... a meu ver impulsiona-nos à uma grande e prazerosa liberdade.
    Obrigado pelo comentário.
    Um abraço.

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