sábado, 12 de março de 2016

Menina-Flor



Menina-Flor


Menininha de alma pura,
Coração grande e generoso,
Espírito elevado à altura,
Sorriso claro e luminoso...

Encontro-me aqui cedinho,
Em companhia de divindades;
Sob o coro lírico de passarinhos,
Mirando trazer-te felicidades.

O saltitante Pan saúda teu dia,
Em dupla com a Fada das Flores;
Com sua flauta esparrama alegrias,
E a varinha da amada: amores.

Reluzentes pingos de orvalho,
São diáfanos brincos de diamantes,
Que enriquecem o bucólico cenário,
De vários tons verdes brilhantes.

Lírio do campo, doce menina,
De gestos nobres e toques gentis,
És possuidora de aura cristalina
E cheiro de manhãs primaveris.

Não! Não foste tu a culpada
Da arrelia entre o sol e a lua...
Dos ciúmes da dama prateada,
Ou da inveja à singeleza tua.

Acorda para a dádiva da vida,
Que harmoniza com tua beleza;
Deixe o onírico, venha pra lida,
Acompanhe-me por gentileza.

Os dilúculos raios do astro-rei
Convidam-na, ó flor-menina...
Traz o teu esplendor, que, sei,
Provoca o êxtase e alucina.

Mostre-me teu sorriso virginal,
Deixe teus sonhos, menina-flor!
Contemple este momento eternal,
Venha pra vida... Sinta o amor.


Nardélio F. Luz

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