quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Meu "Grito" no jornal Correio de Uberlândia



A opinião do leitor, que pode elogiar ou criticar a obra conforme seu ponto de vista e até gosto pessoal, é super importante. A primeira nos enaltece, mas a segunda ensina e nos impulsiona a melhorar sempre. Uma ou outra, ambas dependem desse autor ser lido, e é isso que me foi proporcionado ao ter o poema "Grito" publicado em "Escreve Aí", esta prestigiada coluna do jornal "Correio de Uberlândia OnLine" comandada por Ivone de Assis, excelente Escritora e competente Editora. Bem como tê-lo tão bem explanado por essa pessoa de tão alto nível cultural.

Foi realmente um belo presente de aniversário!

Obrigado por dar atenção a este humilde rabisco, Ivone!


FORTUNA CRÍTICA:

"O grito do poeta é seu apelo à vida, em que toca tão profundamente o inconsciente, que chega a ser confundido com o autor. Para Luiz Costa Lima (apud Donaldo Schüler, 1979, p. 47): 'a única análise literária válida é a que atinge as estruturas inconscientes'. Então, se  a palavra poética goza de infinita liberdade, estabelecendo relações múltiplas, prováveis e improváveis, poderíamos dizer, que a escrita é a estrutura consciente enquanto a poesia é a inconsciente, mas carecemos das duas  para que se estabeleça uma análise sugestiva. O “Grito” é um poema que toca a alma do leitor ao mesmo tempo que desnuda a alma do poeta."


NARDÉLIO LUZ

Nardélio Luz é cronista, para-atleta nacional (na modalidade Bocha adaptada), poeta e autor da obra 'Vida após a vida', uma autobiografia de 384 páginas, em que o autor narra seu antes e depois do acidente. Contudo, o que chama a atenção neste escritor é sua LUZ, não a do sobrenome, mas aquela que não o permite parar de produzir. Com significativas medalhas, ficou em 5º lugar no ranking nacional e teve uma pré-convocação para a Seleção Brasileira. Nas palavras dele: 'é perfeitamente possível ser feliz sobre uma cadeira de rodas…'".

Ivone de Assis.
Editora/Escritora



Grito

Este é mais um
Daqueles momentos
Execráveis e angustiantes,
Que culminam na dolorosa
Incerteza do saber…

Onde impera a confusão,
Ainda mais que antes;
Quando a alma fica frágil,
E quase nada há a fazer…

E em desespero, eu grito!

A psique deteriora
E logo fica estraçalhada,
Pois o caminho a seguir
Parece desaparecer…

Só enxergamos, lá trás,
As ruelas já trilhadas,
Insólitas e desoladas,
Não se sabe o porque…

E uma vez mais, eu grito!

Todo o certo de antes,
Permanece semiapagado,
E as poucas referências,
Impossíveis de se ver…

O concreto é abstrato,
O futuro é rabiscado,
E esta vil utopia é tudo
Que nos resta pra viver…

E, uma última vez…
Em vão… Eu grito!


Nardélio F. Luz

Uberlândia - MG
12/01/2016

15 comentários:

  1. Parabéns, querido, o blog está muito interessante e com grande estilo.

    Um beijo

    ResponderExcluir
  2. Está lindo e aconchegante! A sua "cara", dá vontade de chegar, puxar uma cadeira e sentar e ficar horas lendo e batendo papo. Ameiiii!!! Bjs campeão!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito obrigado Roh! Estou tentando deixá-lo atrativo, afinal o principal objetivo de todo escritor é ser lido, hehehe...
      Fique à vontade!
      Bjos.

      Excluir
  3. É um privilégio poder ter acesso a sua criação.Através dela admiro ainda mais o criador! Parabéns...bjs

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado Élem! Vc sempre com sua gentileza ímpar e palavras carinhosas que enaltecem a alma da gente! Valeu amigo! Bjos.

      Excluir
    2. Ops! Eu quis dizer amiga, hihihihi...

      Excluir
  4. Parabéns querido! Seu blog está "maravilindo", como tudo que escreve... Amei ...Bjos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu muito, Wall! Pretendo torná-lo ainda melhor! Beijos.

      Excluir
  5. Ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

    ResponderExcluir
  6. Parabéns NARFE, belo blog, ficou ótimo!

    ResponderExcluir
  7. Parabéns Narfe é sempre um prazer lê-lo, como vê ainda não esqueci os amigos. Um grande abraço.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Desculpe, mas vc comentou como "desconhecido" e não consegui identificá-lo (a).

      Excluir